Com todas as medidas de segurança, as escolas da Rede SESI de Educação, no Amazonas, retomaram as aulas nesta segunda-feira, 14. A acolhida aos alunos, que abrem o ano letivo, foi realizada com todos os cuidados necessários, tanto em Parintins, na Escola Padre Francisco Luppino (a 369 km de Manaus), quanto na Escola SESI Dr. Francisco Garcia (Distrito Industrial), que recebeu os alunos do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) e II (6º a 9º ano), e na Escola Dra. Emina Barbosa Mustafa, com os estudantes do ensino fundamental e novo ensino médio.
Na capital, as Escolas SESI reúnem mais de dois mil alunos matriculados. Todas as unidades dispõem de material didático autoral e grade curricular atualizada, com o ensino que também abrange aulas de robótica, certificação em formação técnica e profissional, para os alunos do ensino médio. A estrutura também é completa, com quadra poliesportiva, biblioteca, auxílio nutricional, assim como auxílio psicológico, que tem sido parte fundamental para o retorno presencial.
“Por conta de todo o transtorno que a pandemia ocasionou muitas crianças, pais e os próprios professores desenvolveram algumas dificuldades de relacionamento, assim como algumas fobias e até mesmo transtornos alimentares”, explicou Débora Damasceno, psicóloga da Escola SESI Dr. Francisco Garcia. “Pois isso, estamos tendo cuidados redobrados com a saúde mental; não só os alunos que recebem o acompanhamento e atenção necessária, mas todo o corpo docente”, disse Damasceno, que realizou uma série de reuniões com os professores antes do período de retorno, preparando-os para essa nova fase de ensino.
Porém, mesmo com todos os cuidados, o retorno à sala de aula em tempo de pandemia ainda está sendo bem preocupante para os pais, como é o caso do Richard Myczkowski, responsável pelo setor de Garantia da Qualidade (GQ), na empresa Yamaha e pai do pequeno Richard, de oito anos. Ele se diz assombrado com o coronavírus, mas também entende a necessidade do convívio social para o filho, de estar com o colega, sendo desafiado no dia a dia, criando novas amizades, praticando o esporte, momentos que devem fazer parte da vida da criança.
“O SESI é excelente, pois tem capacidade de ensinar, de cuidar, de monitorar como os nossos filhos estão. Durante a pandemia eles foram muito prestativos e atenciosos, conseguiram manter boa qualidade, apesar de todos os acontecimentos atípicos, e a gente continuou se surpreendendo e gostando muito do SESI, tanto que o meu filho mais novo, de quatro meses, já vai entrar aqui também”, disse o pai.
Também satisfeita com o ensino da Rede SESI está Girlene Freitas da Cunha, mãe dos alunos Lucas, quatro anos, do primeiro período e Júlia, seis anos, da 1ª série, do ensino fundamental. A faturista no Hospital Adventista de Manaus aproveitou as férias para levar as crianças em seu primeiro dia de aulas e aproveitou para elogiar as professoras e o local acolhedor.
“O SESI é ótimo, as professoras são super atenciosas, o local é bem acolhedor, por isso os dois estão aqui desde os quatro meses”, disse a mãe, que é casada com o auxiliar de manutenção na empresa Samsung, Samuel Nascimento Sales.
As Escolas SESI da capital, Dr. Francisco Garcia e Dra. Emina Barbosa Mustafa e, de Parintins, Padre Francisco Luppino, seguiram todos os protocolos de segurança das Escolas SESI Amazonas contra a covid-19. Demarcações nos espaços, totens de álcool em gel e aferição de temperatura, fizeram parte do primeiro dia de aula presencial.
De acordo com a gerente da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, Ana Karina de Holanda, a volta às aulas foi tranquila. A apesar da chuva, tudo ocorreu bem. Karina explica que os cuidados com a saúde de todos é uma prioridade para o SESI e alerta que, para tudo ficar bem, conta com o apoio de todos os alunos e pais. A gestora pede que alunos que apresentarem sinais gripais e 37,5ºC de temperatura, fiquem em casa, não compareçam à escola.“Nada de beijo, nada de abraços, nada de apertos de mãos”, disse Karina. A gestora alerta ainda que, assim como uso obrigatório da máscara, é necessário que os alunos tragam várias máscaras para que possa efetuar a troca, antes e após o intervalo e, traga o seu kit separado, embora a escola já tenha nas dispensas álcool gel e pias. “A gente pede que os alunos tragam também os seus kits, assim como garrafas de águas próprias, para que não haja compartilhamento”.
Escolas SESI em Itacoatiara e Iranduba
dão início às aulas com ensino remoto
Também nesta segunda-feira, 14, a Escola SESI Abrahão Sabbá e a Escola SESI David Nóvoa Alvarez, localizadas no município de Itacoatiara (a 269 quilômetros de Manaus) e Iranduba (a 38 quilômetros de distância de Manaus), deram início ao ano letivo de 2022. A volta foi estruturada 100% no ensino a distância, evitando assim, possíveis aglomerações.
“Vamos iniciar de forma remota, mas estamos seguros do cenário que iremos utilizar para acolher nossos alunos. Buscamos atributos inovadores para este ano”, disse a pedagoga da Escola SESI Abrahão Sabbá em Itacoatiara, Pamela Menezes. Em 2022 será acrescentado como complemento metodológicos para as aulas, além da plataforma SESI educação, que é um portal com grandes inclusões educacionais, a ferramenta da Microsoft Teams. “Teremos aulas ao vivo e gravadas com atividades disponibilizadas pelos professores no cronograma semanal via Whatsapp. Nossa aula de hoje, por exemplo, foi muito dinâmica e lúdica com ferramentas de perguntas de resposta” explicou a pedagoga Claudiane Mendes, da Escola SESI David Nóvoa Alvarez.
O ensino a distância nas escolas tradicionais tem sido um grande desafio que passou a fazer parte do dia a dia dos professores. Dessa forma, longe da sala de aula, os recursos virtuais ganharam protagonismo, com características específicas do mundo digital e com novos obstáculos a serem enfrentados. Nesse contexto, “vamos introduzir este ano em nossos comandos educacionais a utilização de formatos de aulas síncronas e assíncronas que se tornaram essenciais”, destaca Claudia Menezes, que também elucidou os métodos que se relacionam com o tempo e com a forma de entregar o conteúdo para os alunos e são ligados a modelos de ensino híbrido.
As aulas síncronas acontecem em tempo real. No EaD, significa que o professor e o aluno interagem, ao mesmo tempo, em um espaço virtual. A exemplo dos formatos de aula online que incluem salas de videoconferência e transmissões ao vivo. Já as aulas assíncronas acontecem sem a necessidade de uma interação em tempo real. Isso permite que as aulas sejam acompanhadas pelo estudante independente do horário ou local. Exemplos conhecidos são as videoaulas e webinários.
Segundo Menezes, esses modelos educacionais trazem vantagens que podem ser muito valiosas no ensino a distância como, autodisciplina, flexibilidade, acessibilidade e outros componentes derivados. “Nossa missão é encontrar formas de flexibilizar e personalizar o aprendizado dos alunos, para que eles possam ir além de seus potenciais”, assegurou ela.
