A Receita Federal do Brasil, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas), doou ontem 2,5 mil TVs Box apreendidas e transformadas em minicomputadores para a rede de educação. A entrega ao Governo do Estado realizou-se ontem (17) no SESI Clube do Trabalhador. Os equipamentos serão distribuídos a escolas municipais amazonenses, ampliando o acesso de milhares de estudantes à tecnologia e contribuindo para a inclusão digital em regiões onde o acesso à internet ainda é limitado.
O presidente da FIEAM, Antonio Silva, ressaltou que a iniciativa une responsabilidade social e consciência ambiental. “Este gesto representa muito mais do que o reaproveitamento da tecnologia. Simboliza a união de forças entre o setor produtivo, o poder público e a sociedade em favor da educação de nossas crianças e jovens e da preservação do meio ambiente. Ao evitar o desperdício e dar nova vida a esse equipamento, reafirmamos que soluções inteligentes podem sim gerar impacto social altamente positivo”, destacou.
A secretária-adjunta da Receita Federal, Adriana Rego, explicou que o programa faz parte do projeto Destinação Sustentável, que transforma produtos apreendidos em ferramentas de impacto social. “Nesta solenidade, estamos entregando 2,5 mil minicomputadores, 500 teclados e 500 mouses ao Governo do Amazonas. Esses equipamentos que seriam destruídos foram recuperados e transformados em oportunidades concretas para o futuro dos nossos jovens. Eles foram recondicionados e enriquecidos com 346 aplicativos educacionais, abrangendo matérias como matemática, português e ciências, além de jogos pedagógicos”, afirmou.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou o alcance social da ação, que beneficiará cerca de 80 mil estudantes. “É uma felicidade poder participar de um evento que une iniciativa privada, poder público e tecnologia para melhorar a qualidade de ensino no nosso estado. Esses minicomputadores, preparados em parceria com o SENAI e a Secretaria de Educação, terão conteúdos embarcados da grade curricular e serão destinados prioritariamente às escolas do interior. É transformar o que antes era fruto de pirataria em benefício social e educacional para nossas crianças e jovens”, disse.
O auditor fiscal da Receita Federal, Severino Cavalcante, reforçou a importância da iniciativa para as comunidades mais distantes: “Esse produto que era irregular ganhou uma utilidade para a sociedade. Nós procuramos colocar dentro dos aparelhos programas educacionais que podem ser usados mesmo sem internet. Assim, professores e alunos em áreas remotas terão acesso a conteúdo de matemática, geografia e ciências. Com apoio do Governo e da FIEAM, por meio do SENAI, estamos transformando o limão em uma limonada”, afirmou.
Entre os alunos beneficiados, o estudante Miguel Lopes, 14 anos, da Escola Estadual Professor Antônio Maurity Pedro Coelho, aprovou a novidade. “Eu achei bem interessante, porque é como um computador, só que não precisa de internet. Acredito que isso vai ajudar bastante as pessoas, principalmente as do interior. Eu gostei de usar o aplicativo de geografia, que mostra os países e estados do mundo. É um tipo de joguinho que testa nosso conhecimento”, contou.
A ação integra o programa Receita Cidadã e reforça a atuação conjunta da Receita Federal, Governo do Estado, SENAI e FIEAM em prol da educação e da redução das desigualdades tecnológicas na Amazônia.