24 DE FEVEREIRO DE 2015
Dia 28 deste mês o Modelo Zona Franca de Manaus completa 48 anos de existência. Foram anos de lutas, muitas vitórias e algumas derrotas. Tivemos combates árduos e constantes, parecendo inclusive algumas vezes que iríamos sucumbir. Felizmente, conseguimos sobrepor várias barreiras, muitas fruto da inveja e da incompreensão. Não obstante, logramos alguns êxitos, como a criação de mais universidades e faculdades, vários cursos de mestrado e doutorado, fazendo com que muitos dos nossos jovens não mais precisassem sair para viver seus sonhos e realizar-se profissionalmente. Tivemos muitos investimentos industriais e a geração de número expressivo de empregos no comércio, na indústria e em serviços. Deveríamos ter obtido muito mais, certamente.
Nunca estar satisfeito é uma característica dos que ambicionam o melhor, daqueles que realmente fazem as coisas acontecer e o mundo girar. Um dito popular diz: “O homem sem ambição morreu e esqueceu-se de deitar”. Porém essa ambição, não é aquela que passa por cima de tudo para alcançar seus objetivos, é aquela que visa a todo instante atingir uma condição melhor de vida, de saúde, de educação e de segurança. Muitas das conquistas só foram possíveis graças a Zona Franca de Manaus, por isso foi bastante festejada a sua prorrogação por mais 50 anos. Dia 28 será também o aniversário da SUFRAMA, órgão importante para o nosso desenvolvimento e crescimento socioeconômico, responsável pela administração, fiscalização e controle dos incentivos fiscais do Imposto de Importação e do IPI, que fazem parte do elenco de incentivos do modelo. Muito devemos a ela e aos que por lá passaram e exerceram suas capacidades, agora temos como dever, lutar para que ela recupere o seu status de órgão de desenvolvimento e volte a influir decisivamente na melhoria das condições de vida dos habitantes da Amazônia Ocidental. Ela foi primordial nesse projeto geopolítico de integração nacional, que também contribuiu para a preservação do meio ambiente e do ecossistema amazônico. Por isso devemos continuar lutando para que nesses anos de prorrogação lhe seja devolvida a autonomia administrativa e financeira e as prerrogativas legais do seu Conselho de Administração. Que os recursos arrecadados através das taxas de expediente sejam empregados no financiamento de obras de infraestrutura e na execução de políticas públicas que levem em consideração a vocação de cada estado, viabilizando o seu desenvolvimento, pois são recursos gerados na região e aqui devem ser utilizados, a exemplo do que era feito no passado. Que seu Conselho de Administração possa deliberar livremente sobre a aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPB), já que em sua composição estão presentes os representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e de Ciência e Tecnologia, entre outros. Nesses anos de prorrogação, desejo vida produtiva à SUFRAMA e ao Modelo de Desenvolvimento mais exitoso da Amazônia Ocidental.