A maioria dos acidentes de trabalho, no Amazonas, é registrada em alguns setores da indústria eletroeletrônica, na produção de motocicletas e na rotina do transporte coletivo, conforme dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (OSST), ferramenta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). E a maioria desses acidentes poderia ser evitada se as empresas adotassem a “cultura prevencionista”.
Para o gerente de Segurança e Saúde no Trabalho do Serviço Social da Indústria (SESI), Cláudio Palheta, a cultura prevencionista é necessária dentro das empresas, porque algumas delas, segundo ele, apenas implantam melhorias em seu ambiente de trabalho a partir da fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), além de desconhecerem as metodologias técnicas que devem ser adotadas quando se trata de avaliações para atender fins de higiene ocupacional.
“Nem todas as empresas têm noção ou fazem adequada gestão dos riscos presentes no ambiente de trabalho, apenas procuram elaborar relatórios, mas não implementam e buscam resultados efetivos dos seus programas de prevenção. É importante ressaltar que, para isso ocorrer é necessário uma boa consultoria em SST ou Ergonomia para que se possa trabalhar junto com a empresa a redução de acidentes ou doenças do trabalho, além do auxilio nas demandas legais”, disse ele.
O SESI oferece serviços de PPRA/PCMSO (programas de Prevenção de Riscos Ambientais e de Controle Médico de Saúde Ocupacional); Análise Ergonômica do Trabalho (AET); laudos de Insalubridade, Periculosidade e Técnico das Condições Ambientais do Trabalho; assessoria e consultoria em SST e em Ergonomia; além das avaliações Ambientais (ruídos, calor e iluminação), Quantitativa dos Riscos Químicos (avaliação química) e de Vibração do corpo inteiro, mãos e braços.
Só com PPRA e PCMSO, os mais demandados, o SESI registrou 149 empresas solicitantes, e atendeu a 12.364 trabalhadores ao longo de 2018. Cláudio Palheta ressalta que, por serem esses dois programas obrigatórios, as empresas estão sujeitas a fiscalização quanto à sua prática no ambiente de trabalho. A multa pelo descumprimento das Normas Regulamentadoras do MTE, descritas na NR 28- Fiscalizações e Penalidades, é calculada pelo cruzamento entre o número de funcionários da empresa e o código da infração.
O serviço de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) também precisa ser realizado pelas empresas, pois além do cumprimento da legislação, sua implementação envolve atenção ao equilíbrio físico e emocional dos trabalhadores, tornando uma preocupação efetiva com a qualidade de vida, saúde e segurança deles. De acordo com Palheta, o SESI atendeu nos últimos três anos com esse serviço 3.752 trabalhadores de 44 empresas.
Atividades nas empresas que exigem trabalhos manuais, físicos e maçantes, como levantamento de peso, deslocamento de carga e alguma outra atividade que resulte em sobrecarga muscular com movimentos repetitivos, precisam passar por esse processo de análise dos postos para prevenção dos diferentes riscos relacionados, como exemplo, a postura e a falta de iluminação adequada para aquele ambiente de trabalho.
“Os relatórios são solicitados conforme atendimento às normas regulamentadoras. Alguns são elaborados em paralelo à assessoria/ consultoria, outros através de visitas técnicas à empresa demandante”, explicou Palheta, sobre o funcionamento dos serviços oferecidos pelo SESI. Para execução dos relatórios é seguido um procedimento operacional de realizar avaliação qualitativa, onde são coletados os dados de SST-Saúde e Segurança do Trabalho da empresa e, posteriormente, feitas as avaliações quantitativas dos agentes físicos e químicos que são identificados na primeira avaliação.
Para mais informações sobre os serviços oferecidos pelo SESI na área de Segurança e Saúde no Trabalho, falar com o setor de Relações com o Mercado-Saúde no (92) 3186-6621 ou pelo e-mail [email protected]