O Novo Ensino Médio já é uma realidade nas escolas do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas). Desde o início deste ano, as duas instituições oferecem aulas teóricas e práticas no curso de eletrotécnica.
De acordo com o instrutor dos cursos de aprendizagem industrial e técnico do SENAI, Omar Nascimento, o profissional do curso de eletrotécnica, instala, opera e mantém elementos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Além de participar na elaboração e no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e de infraestrutura para sistemas de telecomunicações em edificações.
“Aqui eles também aprendem a atuar no planejamento e execução da instalação e manutenção de equipamentos e instalações elétricas”, completa o instrutor. O curso, se pago fora da grade curricular do Ensino Médio, sairia por R$ 6.300,00.
A Base Nacional Comum Curricular prepara o aluno para o mundo do trabalho, sendo este um módulo com 200 horas, integrado ao currículo do curso técnico e à nova proposta do Ensino Médio, como parte inicial de todos os itinerários formativos, sendo conduzido por desafios que têm por objetivo provocar nos estudantes o desenvolvimento de competências do profissional do futuro e a construção de um projeto de vida e carreira.
As aulas acontecem uma vez por semana na Escola SENAI Antônio Simões (ESAS), em sala equipada com computadores e material específico para acompanhar os módulos de acordo com o que prevê o Ministério da Educação (MEC).
O Novo Ensino Médio
Para o primeiro ano, estão previstas 800 horas para a educação básica e 200 horas para o Mundo do Trabalho. A oferta do Mundo do Trabalho no 1º ano é a estratégia adotada pelo SENAI para assegurar que os estudantes façam suas opções por um itinerário, fundadas no autoconhecimento; na visão contextualizada do mundo do trabalho; e no estabelecimento de um projeto de vida e carreira realista.
No segundo ano do ensino médio, estão previstas 600 horas para a educação básica e 400 horas para a formação profissional, que, nesse segundo ano, consiste no Módulo Integrador que articula uma ou mais áreas tecnológicas.
Por fim, no terceiro ano do ensino médio, estão previstas 400 horas para a educação básica e 600 horas para a formação profissional, que tem como foco a ocupação profissional específica, tendo em vista a diplomação na respectiva habilitação técnica.
Ao todo, são 3.000 horas de Ensino Médio, sendo 1.800 horas de educação básica e 1.200 horas de formação profissional, de acordo com a nova grade proposta pelo MEC.
Robótica
De acordo com a gerente da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, Ana Karina Holanda, a Robótica Educacional no SESI está integrada ao currículo do aluno, pois trata-se de uma ferramenta multidisciplinar, o que torna os assuntos abordados em sala de aula mais completos e significativos, pois nestas aulas os alunos colocam a teoria em prática.
Os alunos de Robótica conseguem ter um bom desenvolvimento em todas as disciplinas, mas principalmente nas disciplinas de exatas. Para acompanhar a trajetória dos alunos, o SESI conta com professores de todas as áreas do conhecimento. “Todos passam por uma formação na metodologia LEGO”, disse Holanda.
A indústria se beneficia ao contratar esses alunos, pois todos que adquirem conhecimento em Robótica saem do ensino básico preparados emocional e tecnicamente para enfrentar os desafios da indústria, explica o professor Glauco Soprano. “Estes alunos recebem uma formação técnica para trabalhar com linguagens de programação e resolução de problemas circunstanciais”, frisa Soprano.