Emoção e sensação de dever cumprido marcaram a terceira formatura do Novo Ensino Médio do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas). Setenta e nove alunos concluíram os cursos técnicos de Redes de Computadores e Mecatrônica, no dia 19, no auditório Arivaldo Silveira Fontes. Dentre os formandos, 16 estão aprovados no vestibular da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) deste ano.
“A gente se sente muito feliz e gratificado, temos a consciência de que isso tudo só foi possível em razão de uma proposta institucional do SESI, incansável, que é a formação de formadores. Os nossos educadores são orientadores que articulam a proposta educacional voltada ao mercado de trabalho, mas trabalhada de uma maneira muito dinâmica por meio das áreas de conhecimento e iniciação ao mundo do trabalho, não só na indústria como nos diversos segmentos”, disse a superintendente do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos.
A superintendente complementou que a indústria local precisa de jovens bem qualificados, que possam estar contribuindo efetivamente com esse modelo tão importante que é o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). Para ela, a formatura é uma noite de celebração, ainda mais por ter entre os formandos, aprovados no vestibular nas áreas de exatas, engenharia, matemática, ciência da computação, entre outras.
“Isso prova o quanto o SESI e o SENAI estão caminhando juntos para entregar para o mercado de trabalho pessoas bem formadas e qualificadas. Então, esse é o presente de Natal que o SESI entrega para a nossa indústria local e para o mercado de trabalho local”, afirma Vasconcelos.
Na cerimônia de entrega dos certificados, a mãe e paraninfa do formando do curso técnico de Redes de Computadores, João Victor Gimaque, Nívia Tânia Carvalho de Medeiros, 46 anos, lembrou que precisou enfrentar altos e baixos para que o filho permanecesse nas escolas SESI. “Meu filho estuda no SESI desde o 1º ano do ensino fundamental e, de lá para cá, saí do emprego por motivos de saúde e fiquei sem condições de manter meu filho na escola, até que o pai dele, por ser industriário, conseguiu uma bolsa de estudos do SESI e, hoje, estamos aqui, para comemorar essa conquista. Só tenho a agradecer ao SESI pelo ensino e cuidado”, disse a mãe, emocionada.
Apaixonados por robótica
O formando Bernardo Benzaquem, 17 anos, formou-se em técnico de mecatrônica do SENAI, pois disse que o curso condiz com o curso que quer seguir na faculdade e com a carreira de engenheiro elétrico ou mecânico. O aluno foi aprovado nos cursos de Engenharia de Controle de Automação e Engenharia Elétrica, por meio do Sistema de Ingresso Seriado (SIS) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Filho de industriário e aluno do SESI desde 2018, Benzaquem disse que o SESI proporciona diversas oportunidades, como participação nas olimpíadas e nos torneios, como o de robótica, que o ajudou na escolha dos cursos em que foi aprovado na universidade. Segundo ele, era como se antes da robótica ele não tivesse nenhum propósito, tinha apenas algumas ideias de curso a seguir, como engenharia civil ou coisa parecida. “Quando eu entrei na robótica, eu me apaixonei por tudo aquilo, pela mecânica, pela elétrica, sendo um novo horizonte para mim”, frisou.
Também por conta da robótica, a aluna do curso Técnico de Mecatrônica, Emily Rebeca Brito, 18 anos, escolheu prestar vestibular para o curso de Engenharia de Controle e Automação. “Eu sou envolvida com a robótica há mais de oito anos e, com o tempo, acho que isso acabou se construindo dentro de mim e acabei pegando amor por tudo aquilo que eu fazia. Aí, no momento da decisão da faculdade, qual curso fazer, eu pensei bastante com o coração, pois penso em seguir a carreira pelo resto da minha vida, quero ficar na área da automação, naquela área da robótica”, disse Brito.
Aulas no contraturno
Assim como a robótica, os aulões oferecidos no contraturno das aulas, nos últimos anos do ensino médio fizeram a diferença para a aprovação no vestibular. É o que aponta a formanda em Redes de Computadores, Rayssa Cristina Pacchioni, 18 anos. “Os aulões foram de extrema ajuda, porque, apesar das apostilas do SESI com os assuntos dos vestibulares, nos aulões os alunos estudavam, além do conteúdo, as metodologias de como fazer a prova e de como se preparar psicologicamente para o dia da prova”, disse ela.
A formanda, aluna das escolas SESI desde a pré-escola e filha de industriário, cursou o técnico no SENAI por conta da ampla oportunidade de empregos, mas ao prestar o vestibular escolheu a vertente trabalhada no Novo Ensino Médio, a área biológica, e passou em Licenciatura em Ciências Biológicas, por influência de uma ex-professora do SESI.
“Eu sempre quis uma área que eu pudesse ajudar as pessoas e, quando se fala nisso, geralmente vem a área da saúde, né? Mas uma professora minha do SESI mostrou-me que sendo professora a gente também ajuda muitas pessoas. E como eu já gostava bastante de ciência, de biologia, resolvi escolher essa área”, revela.
Entre os presentes na solenidade estavam os representantes do SENAI Amazonas – a pedagoga especialista Socorro Butel e o consultor tecnológico Alan Rodrigues; da gerente da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, Ana Karina de Holanda e a professora e paraninfa das turmas, Saanny Silva, além de familiares e amigos dos formandos.
