Investir em ações de segurança e saúde do trabalho (SST) para atender aos pré-requisitos do eSocial, no mínimo, ajuda as empresas a evitar o pagamento de multas que podem passar de R$ 4 mil, como na falta de análise ergonômica do ambiente de trabalho. O alerta foi dado nesta terça-feira (14) pela engenheira de SST do SESI Amazonas, Wengrid Silva, ao participar da rodada de negócios promovida pela Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho, Animaseg, no Novotel Manaus.
A partir do número de acidentes de trabalho no país, que ultrapassou os 4,5 milhões, em seis anos (2012-2018), com uma média de um acidente a cada 49 segundos, Wengrid apresentou principalmente aos representantes de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) os principais desafios relacionados à SST, como a gestão ativa e integrada dos programas legais, ergonomia, grau de exposição a agentes nocivos e gestão dos equipamentos de proteção individual e coletiva.
Na apresentação, a engenheira do SESI, deu destaque à plataforma digital ‘SESI Viva+’, lançada em nível nacional, no início do ano, pela instituição, voltada para a gestão de programas e serviços na área de saúde e segurança na indústria. Na plataforma, as empresas têm acesso a todos os programas legais conforme exigências do eSocial, como os de análise de riscos, higiene ocupacional e SST.
De acordo com Wengrid Silva, por meio do ‘SESI Viva+’ o empresário pode tomar medidas para reduzir os custos com o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), além de receber apoio em relação à decisão estratégica das empresas. “Os indicadores do ‘SESI Viva+’ vão apoiar os gestores a identificar ações prioritárias e assertivas de SST”, disse Wengrid. Pelo menos 40 empresas já aderiram à plataforma em Manaus.
Cliente do SESI há mais de cinco anos, a Magnum Indústria da Amazônia foi uma das empresas do PIM participantes do encontro. Segundo o técnico de segurança do trabalho, Luiz Carlos de Andrade, a Magnum já conta com os serviços do SESI nas áreas de ergonomia e ginástica laboral.
A rodada de negócios contou com a participação de pelo menos dez fabricantes ou revendedores de equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas e calçados de uso específico, capas e capacetes.
Coleções de EPIs
O encontro, que abriu o calendário de 2019 da Animaseg, será realizado também em Recife (PE), Joinville (SC), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). De acordo com a coordenadora operacional da Animaseg, Cíntia Maria da Silva, Manaus já havia sediado o evento em 2017.
Responsável pelo setor de marketing da empresa Luvas Yeling, de Curitiba, Robson Salgado, apresentou uma coleção de EPIs, a maioria fabricada no Brasil, como as luvas anticorte, as de aço, para proteção contra altas temperaturas, até as básicas, como as tricotadas.
Para o representante da empresa gaúcha JGB, Jônatas Santos, os fabricantes não estão mais trabalhando de forma isolada. “Hoje, temos que estar focados na área, em contato direto com o cliente final. É isso que mantém as empresas especializadas para perpetuação de sua marca no mercado”, disse. A JGB trouxe para o evento de Manaus, além das luvas, alguns trajes de uso específico, para combate a intempéries, fogo repentino e vapor pressurizado.