Com acolhida especial aos alunos do Novo Ensino Médio SESI SENAI, começou nesta quinta-feira, 30, o ano letivo 2020 nas escolas da Rede SESI, em Manaus e nos municípios de Iranduba, Itacoatiara e Parintins. A novidade é que os novos alunos, com o ensino regular do SESI atrelado ao ensino técnico do SENAI, vão concluir o ensino médio com dupla certificação.

Pioneiro na implementação da modalidade, o SESI está pelo segundo ano oferecendo a metodologia diferenciada do Novo Ensino Médio. Dividido em três módulos, a pedagoga do SENAI, Érika Rosos explica que os alunos no 1º ano do ensino médio têm contato com o mundo do trabalho, que estimula o autoconhecimento. No 2º ano, inicia o módulo Básico Introdutório, para que esse aluno comece a ter contato com áreas do curso escolhido, trabalhando os fundamentos iniciais. Para concluir a certificação, no 3º ano o aluno tem o foco na ocupação profissional específica.

Na turma piloto de 2019, na Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, ao todo 70 alunos deram início ao ensino médio junto ao curso técnico em Eletrotécnica pelo SENAI. Para 2020, Rosos relata que a instituição está oferecendo também o curso técnico de Redes de Computadores. Os alunos do Novo Ensino Médio têm a carga horária dividida entre o SESI e o SENAI, com aulas presenciais também nos laboratórios referentes às áreas dos cursos técnicos escolhidos. Em março, os novos alunos vão poder optar entre as duas habilitações.

O mecânico de manutenção da Copag, Laercio Fernandes, 49, e a mulher, a designer gráfica Elisangela, 45, matricularam a filha, Poliana, 15, para o Novo Ensino Médio no SESI. Ingressa no 1º ano do ensino médio, a escolha da Escola SESI se deu pela nova metodologia aplicada aos alunos aliada ao ensino técnico. O pai é certificado pelo SENAI no curso profissionalizante de Mecânica e ingressou na profissão pelo diferencial que tinha ao concluir o ensino médio.

“Percebemos que ela (Poliana) sairá melhor preparada para o mercado de trabalho e para o novo sistema de ensino que está sendo ofertado em todo o Brasil. Com o ingresso esse ano, ela vai estar à frente de outros alunos que ainda vão entrar no novo ensino médio e isso é muito bom”, disse ele, ao reforçar a importância da dupla certificação. “Nos preocupamos bastante, porque esse período da vida dela é um período de encaixe, precisamos estimular para as decisões dela do futuro”, relatou ele.

A possibilidade de dar continuidade ao ensino no mesmo lugar e também a prática de esportes estimulou a analista de sistema, Michele Okada, 32, a optar pelo SESI para a filha Sue, 7, ingressar no 2º ano do Ensino Fundamental. Adepta da natação, a filha faz atividades no SESI Clube do Trabalhador junto aos pais que frequentam a academia no local. A ideia de Michele é dar continuidade ao ensino da filha no SESI até o ensino médio técnico para ingressar no mercado de trabalho.

“Gostamos da estrutura e da metodologia e com isso unimos o útil ao agradável, porque além da prática de esportes, priorizamos a continuidade do ensino que ela pode ter aqui. Pesquisamos e vimos que o ensino médio é ligado ao técnico e é muito bom saber que ela pode continuar aqui e ter um ensino de qualidade em todas as fases”, explicou Michele.

A sogra dela, Elionai Mendonça, 51, também colocou o filho mais novo, Matheus Okada, 11, no 6º ano do ensino fundamental. Com interesse em robótica, a educação tecnológica foi o principal motivo da escolha pela Escola SESI. “No começo, o Matheus estava apreensivo por deixar a antiga escola, mas depois que visitou o SESI e viu a robótica, ele se empolgou e está superanimado para começar”, contou ela.

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