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Psicóloga alerta para nova onda de doenças psíquicas devido a pandemia

Se a sua saúde mental ainda não está em primeiro lugar, a psicóloga do SESI Amazonas, Solange Ribeiro, aconselha que priorize. A importância dos cuidados com a saúde mental, neste mês de campanha do Janeiro Branco, vem sendo reforçada ainda mais por conta do alerta com o corpo e a mente durante a pandemia. A nova onda relativa a doenças psíquicas, de acordo com a especialista, pode se postergar ainda mais se não houver esse cuidado precoce.

Medo, luto, incertezas e pessimismo para os planos desse novo ano fazem parte da realidade da maioria das pessoas nesse período de pandemia pelo novo coronavírus. Apesar do momento delicado, o autocuidado, segundo Ribeiro, precisa ser contínuo e diário, cuidando não só da saúde mental como da física também, independente do cenário global. Tornar isso um hábito hoje interfere no futuro próximo equilibrado emocionalmente e em uma vida saudável.

“O que a gente aprende que vai fazer bem para o nosso corpo e a nossa mente não tem que ser feito esporadicamente, precisa que você leve isso para sua vida. Pare um pouco e olhe para si, como que está o meu corpo e a minha mente hoje? É importante reservar um tempo para o autocuidado, dando essa pausa durante o dia que muitas vezes é tão cheio de tarefas. Respire fundo e viva esse momento de relaxamento”, disse ela, ao relembrar que a pandemia irá passar, mas a prática precisa ser levada para vida.

Atividades como meditação, alongamento, trabalhar a respiração, ouvir música e dançar, além de uma boa noite de sono  – sono sem pausas -, podem ajudar a controlar a ansiedade e aliviar a tensão corporal causada pelo excesso de informações negativas dos noticiários. Com as atividades reclusas no espaço de casa, a especialista ressalta a importância de olhar para o lar de forma diferente e não limitante. É possível vê-lo como um local de descanso e cuidado, assim como parte dele se tornar um cenário para atividades de trabalho e físicas.

“Nossa mente está acostumada a controlar tudo e se sente desconfortável ao menor sinal de quando há esse freio. A própria pandemia tem sido esse freio e a gente não pode mais se acostumar com ele, se não a ansiedade toma conta, o estresse toma conta, ainda mais devido a essa reclusão que estamos dentro de casa”, relatou ela.

Como lidar com o luto?

Sobre o luto cada vez mais presente nesse período e a suspensão dos rituais de despedida, Ribeiro explica que o processo de assimilação e a conta psíquica futura pode ser agravada. O sentimento de impotência vem sendo cada vez mais o centro da dor na pandemia e, para falar sobre o assunto, a psicóloga dividiu o luto em algumas fases: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

“Não necessariamente nessa ordem, o luto tem a fase de negação, em que a pessoa procura desculpas para não aceitar a realidade; raiva, quando fica inconformado e contra a situação; existe também a fase da barganha, em que a pessoa cria uma ficção de que a morte é algo que podemos impedir e fantasia reverter o ocorrido; seguida da depressão, quando se tem profunda sensação de vazio e não acredita que sairá do estado de melancolia e tristeza; além da fase final de aceitação, quando a nova realidade é aceita e o sentimento de superação é visto como benéfico”, frisou ela.

Sobre a perda causada pelo coronavírus, a especialista reforça a necessidade de entender e viver esse sentimento de perda, incluindo as crianças. “A perda por essa doença repentina pode vir a doer mais do que a perda por um câncer, por exemplo, que normalmente existe um período preparatório. Não subestime uma rede de apoio. Busque amigos, familiares e psicólogos. Se com o passar do tempo, essa dor e essa negação ainda permanecerem é importante pedir ajuda em uma rede de apoio profissional”.

O SESI conta com uma equipe de psicólogos que está realizando atendimentos, tanto presencialmente como online. Para mais informações e agendamento ligue 3186-6610/ 6611 ou pelo Whatsapp 98513-7206 ou 98459-3376.

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