O modelo do Novo Ensino Médio, aplicado neste ano de forma pioneira na Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, foi apresentado, na última semana, pelos gestores e equipes técnicas do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), à presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Estadual de Educação, Rosimar Sini, demais integrantes do CEE, e à diretora do Centro de Formação Profissional Pe. José Anchieta (Cepan), Ana Lucena. A exposição aconteceu na sede do Cepan, espaço voltado para formação dos profissionais da educação da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Com o projeto piloto aplicado neste ano no ensino médio da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, o SESI conecta agora em sua grade curricular o ensino técnico do SENAI, nos cursos de Eletrotécnica, Redes de Computadores e Mecânica. Com toda a grade desenvolvida no turno da manhã, a carga horária total do ensino médio fica dividida entre formação geral do SESI, em 1.800h, e formação específica no SENAI, em 1.200h.
“O ensino médio é a etapa de ensino que apresenta o maior desafio para a educação brasileira, seja para escolas públicas ou privadas. O modelo propedêutico, fragmentado em disciplinas, não motiva as novas gerações e não responde aos quase 2 milhões de jovens que não ingressam ou desistem dessa etapa. A evasão dos que iniciam chega a 11%, conforme Censo Escolar 2014/ 2015”, disse a gerente da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, Ana Karina Holanda.
O projeto de cursos para os itinerários do Novo Ensino Médio do SESI iniciou com a área industrial de Energia – habilitação profissional de Técnico em Eletrotécnica e, para 2020, com a Escola SENAI Antônio Simões (ESAS), a ideia é ampliar também para os cursos técnicos em Redes de Computadores e Mecânica.
“Precisamos cada vez mais desenvolver um currículo que atenda à necessidade das indústrias de pequeno, médio e grande porte. O aluno precisa estar atento à necessidade e entender que cada vez mais é preciso buscar novas habilidades e competências para que ele consiga efetivamente ingressar no mercado e permanecer nele”, explicou o gerente da ESAS, José Nabir.
Ao final dos estudos, o aluno receberá certificação do ensino médio com o itinerário cursado por ele também no SENAI. As duas formações e aprovações dependeram uma da outra, atendendo às exigências da legislação. Dando continuidade à nova diretriz, os arranjos curriculares definem como obrigatório nos três anos de ensino médio, o ensino da língua portuguesa, matemática e o de língua estrangeira, preferencialmente o inglês e/ou espanhol.
“A mudança no ensino médio veio com uma lógica de permitir que o aluno desenvolva um fluxo de estudos dele, pendendo para aquilo que, em tese, ele tem mais habilidade ou que ele tem mais interesse”, ressaltou Nabir.