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Equipes do Amazonas embarcam para Festival de Robótica em SP

Ansiedade, foco e determinação entram na bagagem que as três equipes do SESI Amazonas levam ao Festival SESI de Robótica, que acontece no fim de semana, no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP). Team Prodixy, de Manaus, Lego Master, de Parintins, e Apuema Korê, de Itacoatiara, com um total de 31 integrantes, embarcam nesta quinta-feira (5) para se juntar às outras equipes de todo o Brasil, num total de 100, em diferentes competições de robótica, nos dias 6, 7 e 8 de março.  

No Torneio SESI F1 in Schools, o Amazonas será representado pela equipe Apuema Korê, da Escola SESI Abrahão Sabbá, do município de Itacoatiara, a 269 quilômetros de Manaus. Na língua Tupi, o nome significa “flecha veloz”, o que vai ao encontro, de acordo com o técnico da equipe, Eric Melo, do objetivo da competição F1 in Schools, de aliar velocidade, aerodinâmica e força, que a equipe exemplifica com a flecha.

Com a missão de projetar carros de Fórmula 1 em miniatura com o uso da licença de software de engenharia “Fusion 360 Autodesk”, o desafio, segundo Melo, é desenvolver um carro leve e com boa aerodinâmica, capaz de percorrer uma pista de 20 metros no menor tempo possível, onde o recorde mundial é abaixo de 1 segundo.

“Ano passado, na estreia da competição, o Amazonas também foi representado por uma equipe da Escola SESI de Itacoatiara, que ficou entre as cinco mais rápidas do Torneio” relembrou ele, ao falar que, para este ano, a equipe contou com as parcerias do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), na parte de usinagem do carro, e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na impressão 3D dos aerofólios.

A equipe formada por alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio será avaliada em diferentes quesitos: pensamento criativo, projeto social, mídia social e melhor tempo de reação. O intuito da Apuema Korê, de acordo com Melo, é levar conhecimento sobre a cultura indígena com os contos e lendas da Amazônia para o público infantil.

“A equipe traz este ano uma escuderia voltada para uma questão social e indígena, tendo como nome uma expressão tirada do tupi e não do inglês como normalmente acontece, isso para levar em nível nacional a força da região Norte. O design do carro, a logomarca, tudo é baseado nesse artefato que mostra a força de sobrevivência do povo que aqui vive, a flecha”, disse ele.

Impacto social

Com o Caderno de Engenharia em mãos, os seis integrantes da Team Prodixy estão nos ajustes finais para competir na First Tech Challenge (FTC), na temática Skystone (Arranha-céus). Com a experiência do primeiro ano de competição, na última temporada, a líder Valeska Mendes, 16, explica que a equipe dá continuidade às questões de impacto social que renderam prêmio na temporada 2018/2019, além de realizar melhorias na parte da programação.

“As preparações iniciais dessa temporada foram bem focadas na parte do impacto social, em que fomos destaque no ano passado. Demos início com a Biblioteca Sem Fronteiras, o projeto na aldeia indígena dos Mura, no município Careiro da Várzea, e continuamos com algumas oficinas de robótica, porque acreditamos que essa é a melhor forma de impactar as outras pessoas sobre o assunto”, relembrou Valeska.

Com o projeto junto aos povos indígenas Mura, a equipe formada por alunos da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, ofereceu oficinas de robótica para ensinar a comunidade local sobre as tecnologias Steam, método que busca integrar conhecimentos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática, como forma de desenvolver áreas da robótica, além de promover a doação de 500 livros infanto-juvenis e didáticos para alunos e professores da Escola Municipal Indígena Antonio Lima.

“Se a gente quer falar da ‘First’ a melhor forma de disseminar e incentivar as crianças sobre os torneios é por meio das oficinas. No Careiro, por exemplo, levamos algo totalmente novo para aquelas crianças e isso nos impactou muito, porque algo tão presente na nossa realidade foi algo totalmente novo para alguém”, contou Mendes, ao ressaltar que mais do que a batalha de robôs, ações como essa movem a equipe.

Cidades Inteligentes para o futuro

Para o desafio de criar soluções inovadoras para questões relacionadas aos problemas das grandes cidades, dentro da temática deste ano, City Shaper (Cidades Inteligentes), a equipe de Parintins, Lego Master, irá representar o Amazonas, na First Lego League (FLL), com um projeto voltado à revitalização sustentável do patrimônio histórico abandonado no município, no caso, a praça Eduardo Ribeiro, localizada no centro da cidade, a 369 quilômetros de Manaus.

“A equipe Lego Master acredita no uso de produtos alternativos na construção civil local, porque se preocupa em preservar o planeta para as futuras gerações. Nós acreditamos que é possível morar na região de maior diversidade biológica, que é a Amazônia, e crescer economicamente sem agredir o meio ambiente”, explicou o técnico da equipe, Helyssandro Tavares.

O projeto foi idealizado por dez alunos da Escola SESI Padre Francisco Luppino, de Parintins, e foi selecionado entre os cinco melhores do Amazonas para concorrer na seletiva nacional do Festival SESI de Robótica.

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