O ambiente virtual de aprendizagem já faz parte da nova rotina de estudos dos alunos das Escolas SESI Amazonas nessa pandemia. Com aulas sendo ministradas de maneira virtual a distância, os alunos dão continuidade aos estudos por meio de diferentes ferramentas e plataformas que possibilitam interagir e desenvolver projetos com práticas online.
Os alunos da Escola SESI Abrahão Sabbá, no município de Itacoatiara, por exemplo, estão aprendendo sobre força elástica, simetria, resistência, além dos conceitos básicos de lógica e programação. Com aulas semanais a distância de educação tecnológica, todas as séries do fundamental 1 e 2 aprendem com a metodologia Steam, que reúne conhecimentos nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
“Nesse modelo metodológico, o estudante tem à disposição ferramentas que possibilitam a aprendizagem por meio de projetos, com resoluções de problemas proposto pelo professor. Foi necessário adaptar as ferramentas por conta do cenário atual, os estudantes estão utilizando materiais alternativos e de fácil acesso, como: garrafas pet, barbante, palitos, ligas, papelão, canudo e outros”, explicou o professor de Educação Tecnológica da Escola SESI Itacoatiara, Genarde Macedo.
Dessa forma, segundo ele, o processo de resolução de problemas torna-se até mais autêntico e ajuda a trabalhar importantes habilidades exigidas pela sociedade, tais como criatividade e autonomia. Os alunos do 6º e 7º ano da Escola SESI Itacoatiara, por exemplo, estão desenvolvendo o projeto “mão biônica” que, além do processo de construção, envolve o estudo de funcionamento de uma mão humana, trabalhando, em paralelo, os fenômenos matemáticos e físicos como força elástica e tensão de tração.
Kathielly dos Santos, 37, é mãe do aluno Lucas, do 4 º ano da Escola SESI Abrahão Sabbá, e acompanha essa adaptação das aulas no ambiente virtual de perto, além do desenvolvimento nos projetos, como o último realizado pelo filho que foi a construção de um poço d’água com força manual, feito com garrafa pet. De acordo com o professor, o projeto empregou conceitos sobre algumas ferramentas da robótica como carretel, polia e manivela.
“Essa pandemia mexeu muito com a nossa rotina”, disse Santos, para quem os estudos do filho são prioridade. “As coisas da casa fazemos como dá e quando dá”, pontua a mãe do aluno. Sobre as aulas de educação tecnológica, Kathielly conta o interesse do filho em participar e realizar os projetos em casa. “Tudo que envolve tecnologia desperta um interesse maior na criança. É automático. Tudo que está sendo repassado pela escola, o Lucas faz e se envolve”, observou.
Para o 9º ano, o estudo da lógica e programação está sendo feito em blocos por meio do aplicativo Fix the Factory da Lego Mindstorms. A plataforma desafia o pensamento lógico, inteligência espacial e habilidades de comando de robôs. “Pretende-se, a partir dessa experiência, promover práticas que estimulem a resolução de problemas de maneira lógica (programação) e prática (montagem de protótipos)”, frisou professor de Tecnologias Educacionais.
Genarde destaca os benefícios e a importância dos recursos tecnológicos empregados de forma correta para promover o processo de ensino aprendizagem. “Acredito nos benefícios que a tecnologia agrega para a sociedade e como devemos nos reinventar constantemente como professores. Assim, os procedimentos metodológicos utilizados contribuem para minimizar os impactos causados pela pandemia, além de promover aos profissionais da educação uma autoavaliação sobre o emprego da tecnologia nas práticas pedagógicas. Sairemos dessa situação mais conscientes”, pontuou ele.