O SENAI Amazonas, em parceria com a Justiça do Trabalho (TRT11), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizou hoje (14) uma audiência para orientar empresas industriais sobre o cumprimento da cota de Aprendizagem Profissional, conforme a Portaria Ministerial nº 3872/2023. O evento reuniu 70 representantes de empresas do Polo Industrial de Manaus e destacou a importância da qualificação profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social.

O diretor técnico do SENAI, Rafael Lobo, ao abrir o evento reforçou o compromisso da instituição com a capacitação profissional. “O SENAI está aqui para atender às necessidades das empresas, oferecendo cursos de aprendizagem e capacitação técnica de forma gratuita. Isso é uma retribuição à contribuição compulsória das empresas, mas também uma missão que cumprimos desde a década de 40, formando mão de obra qualificada para a indústria”. O diretor enfatizou que o SENAI Amazonas, em 2024, formou mais de 41 mil pessoas em diversos cursos, incluindo cinco mil aprendizes em Manaus e Itacoatiara.

Na ocasião, o auditor fiscal do Trabalho, Emerson de Costa Sá, apresentou a nova edição do Manual da Aprendizagem, que traz 145 perguntas e respostas sobre a legislação trabalhista relacionadas à aprendizagem. Além disso, o documento reúne a legislação relacionada à Lei da Aprendizagem e aos direitos da criança e do adolescente. “Este manual é um guia essencial para empregadores e entidades formadoras, reforçando a importância da qualificação profissional dos jovens e do cumprimento das normas trabalhistas” garante Sá, que destacou que a contratação de aprendizes é um investimento estratégico para as empresas, que ganham mão de obra qualificada, enquanto os jovens têm a chance de ingressar no mercado de trabalho.
A analista de RH da Tectoy, Giovanna Mendonça, e a analista de RH da Plastiflex, Mirley Flores, expuseram cases de sucesso das respectivas empresas com o programa de aprendizagem. Giovanna citou que a Tectoy já formou mais de 70 aprendizes, muitos dos quais foram efetivados e continuam se desenvolvendo na empresa. “Tratamos nossos aprendizes como filhos, oferecendo suporte psicológico e acompanhamento para que eles tenham um futuro promissor”, disse. Já a representante da Plastiflex ressaltou a importância da cota alternativa para empresas que não têm espaço físico para receber aprendizes. “Essa modalidade permite que empresas como a nossa, que atuam em áreas remotas, cumpram sua cota e ajudem jovens em situação de vulnerabilidade”, explicou.