A mecatrônica do SENAI Amazonas é prata na competição internacional Worldskills América 2019. Os alunos Matheus Oliveira, 21, e Nadia Martins, 19, representaram o Brasil e o SENAI Nacional na competição realizada na última semana em São Paulo (SP), e ficaram em 2º lugar. O resultado foi anunciado nesta quinta-feira, 7, pelo SENAI Amazonas com o seguinte pódio: 1º lugar Colômbia, 2º lugar Brasil, e 3º, El Salvador.
Com provas realizadas na empresa Festo do Brasil, a dupla amazonense enfrentou equipes de cinco países, Guatemala, Peru, Equador, além de Colômbia e El Salvador. Na ocupação mecatrônica a Escola SENAI Antônio Simões (ESAS) tem histórico de premiações tendo conquistado duas vezes medalha de prata na Olímpiada do Conhecimento, em 2012 e 2014, o que torna a preparação cada vez mais precisa e satisfatória, de acordo com o expert da delegação brasileira do Worldskills Américas na ocupação, Marcos Alexandre.
“O resultado foi fruto da dedicação da equipe envolvida. Na ponta tem os competidores, mas na base existe todo o apoio da escola do regional. Os nossos alunos colocaram em prática o que aprenderam nos treinamentos. O resultado é consequência do esforço”, explica Alexandre, que acompanhou a dupla desde a preparação para a seletiva nacional para a Worldskills Kazan 2019, realizada em agosto do ano passado, no Ceará.
Os alunos do Amazonas ficaram em 3º na seletiva do SENAI para representar o Brasil em Kazan. Nas provas, que trabalham o desenvolvimento de competências profissionais para o mundo do trabalho, os alunos realizaram o mesmo estilo de avaliação das outras competições, montando, em alguns módulos, uma linha de produção, posteriormente fazendo a manutenção dela e em outro módulo sua otimização, para garantir melhor eficiência energética possível.
“O nível da prova foi dentro do esperado. Alguns países tiveram dificuldades, tanto que no terceiro dia de prova houve um momento de compartilhamento de informações por parte dos competidores. As equipes se prontificaram a ajudar quem estava com dificuldades”, contou Alexandre ao dizer que a dupla do Amazonas teve pontos altos e baixos na prova. “Oscilamos entre a primeira e segunda posição na competição, tivemos uma falha no último dia de prova que comprometeu nosso desempenho, mas isso faz parte da competição, fora isso a dupla teve uma boa desenvoltura”, apontou ele.
Com exceção do Brasil e da Colômbia, as outras equipes passavam pela primeira experiência em competições, de acordo com a competidora da dupla, Nadia Martins. Portanto, os treinamentos e a bagagem das duplas brasileira e colombiana de outras competições foram um diferencial na disputa pelo primeiro lugar.
“Chegamos nessa competição com um conhecimento prévio que foi crucial para o resultado final. Apesar de já termos participado de outras competições, há sempre uma apreensão quanto ao desempenho das outras equipes e o grau de dificuldade das provas, mas estamos felizes e satisfeitos com o resultado”, ressaltou Nadia, ao dizer que a dupla da Colômbia é a mesma que vai representar aquele país na competição mundial, em Kazan, no mês de agosto deste ano.
Para a dupla amazonense que participou pela primeira vez de uma competição internacional, a responsabilidade de levar o nome do Brasil e conquistar a medalha de prata foi além do esperado. Matheus e Nadia são ex-alunos dos cursos técnicos de mecatrônica e automação da ESAS e se prepararam há mais de um ano para participar das competições na ocupação mecatrônica.
“Foi uma experiência única participar da Worldskills Américas, então aproveitei ao máximo o conhecimento que pude adquirir com as equipes dos países que participaram. Só de estar lá já foi uma vitória para mim, conhecer a empresa Festo Brasil e outros competidores de diferentes países foi incrível”, relatou, Matheus Oliveira.
A competição Worldskills Américas reúne alunos de educação profissional dos países das Américas do Norte, Central e Sul, competindo em diferentes ocupações do mundo do trabalho voltadas para o perfil de formação dos cursos técnicos: mecatrônica, torneamento CNC, fresagem CNC e soldagem. Das cinco ocupações que competiram em São Paulo o Brasil ganhou medalha de ouro em quatro e uma de prata.