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Questão de sobrevivência

25 DE OUTUBRO DE 2011

 Reconheço as dificuldades e os embaraços que atualmente atingem a SUFRAMA, tanto pela perda de importância, em face da impossibilidade de investir na Amazônia Ocidental os recursos que arrecada no setor produtivo (Indústria e Comércio), como pelo engessamento em que se encontra para tomar decisões ou defender situações que prejudicam o perfeito funcionamento do modelo econômico implantado. Não podendo investir na região, a SUFRAMA perde sua principal função de indutor do desenvolvimento. Frustra as expectativas dos governos dos estados em que deveria atuar, na medida em que não participa do planejamento, do patrocínio e da execução de programas e investimentos que oportunizem alavancar o desenvolvimento e crescimento econômico.

Isso porque seus recursos, oriundos da arrecadação de taxas de administração cobradas das empresas, estão contingenciados, melhor dizendo, confiscados. Esse estrangulamento que a SUFRAMA vem sofrendo, foi a forma que os inimigos da Zona Franca de Manaus conseguiram para desestabilizar as expectativas otimistas do futuro de desenvolvimento e o crescimento do modelo, que se faz vitorioso a cada ano que passa, apesar dos constantes ataques e boicotes, ora feitos por meio de Medidas Provisórias, Regulamentações, Atos Normativos, Projetos de Lei, Propostas Legislativas etc.

Como se isso não bastasse, medidas de caráter administrativo, como estabelecimento de PPBs, são feitas sem a devida discussão e anuência da SUFRAMA, sendo decididas pelos técnicos do MDIC e MCT.

O momento que atravessa o Polo Industrial de Manaus é excelente, em que pese a sombra de possíveis problemas provocadas pela crise financeira da Europa e EUA, sendo a ZFM um dos poucos modelos capazes de enfrentar a competição acirrada dos países que pretendem se aproveitar do formidável mercado consumidor brasileiro.

O futuro nos preocupa, dada a falta de condições para atuar de um dos principais Órgãos do Governo Federal nesta região. De nada adiantará termos a palavra da Presidenta da República. Dilma Rousseff, de apoio ao nosso modelo de desenvolvimento, de nada adiantará a prorrogação da ZFM por mais 50 anos, de nada adiantará a expansão dos limites da Zona Franca de Manaus para a área Metropolitana, de nada adiantará a designação de um novo superintendente capacitado tecnicamente e moralmente, se não for restabelecida a independência orçamentária e administrativa da SUFRAMA.

A autarquia necessita das condições indispensáveis para administrar, planejar e investir no desenvolvimento da Amazônia Ocidental. A SUFRAMA necessita do apoio de todos, da região Norte e Nordeste, dos verdadeiros brasileiros que querem ver a preservação e exploração sustentável do maior bioma global.

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