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O recrudescimento da crise

25 DE SETEMBRO DE 2011

 O mundo volta a padecer de mais uma crise financeira e as incoerências dos analistas de plantão sobre a política econômica brasileira são cada vez mais absurdas. Em julho deste ano, o Copom decidiu elevar pela quinta vez consecutiva a taxa básica de juros para 12,5%.

Vários analistas criticaram que a política econômica estava mais voltada para o combate à inflação do que para o estímulo ao investimento. Diziam que precisávamos de uma política que priorizasse e incentivasse investimentos em tecnologia e inovação e socorresse setores mais fragilizados pela valorização do real.

Pois bem, em agosto, o Governo, atendendo o clamor do setor industrial, lançou o Plano Brasil Maior, basicamente alicerçado por três pilares: estímulos à produção, investimento e inovação; defesa da indústria e do mercado interno; e incentivos às exportações e proteção comercial.

Em setembro o Banco Central cortou em meio por cento a taxa básica de juros. Novamente analistas criticaram o corte da taxa de juros, que antes diziam ser necessária para que o país crescesse.

Criticam o aumento do Imposto de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre alguns produtos que invadem o mercado consumidor nacional, alegando que isso poderá causar aumento da inflação.

Mas esses críticos não eram os mesmos que pediam que o governo protegesse o nosso mercado da invasão dos importados? Algo precisava ser feito.

O consumo interno aumentava a olhos vistos e a produção industrial caía. A valorização do real prejudicava as nossas exportações, diminuía nossa competitividade e favorecia as importações. Os brasileiros viajavam cada vez mais para o exterior onde iam gastar suas economias em dólar.

Então, agora, que as medidas começam a fazer efeito, com a desvalorização do real frente ao dólar, que facilita nossas exportações, torna nossa indústria mais competitiva e leva os brasileiros a repensarem suas gastanças no exterior, quando a redução dos juros abre espaço para o aumento do investimento público e para a aceleração dos investimentos privados, o que querem então os críticos?

Que novamente o Copom aumente os juros, para que seja controlada a inflação e derrube o crescimento do PIB? Que seja contido o consumo e se reduza o emprego?

Preferimos a continuação da política agora adotada, que não olha apenas a taxa de inflação, mas também o crescimento da economia nacional futura, pois provavelmente seremos afetados pela deterioração do cenário internacional.

Nós, do PIM, aplaudimos as medidas que favorecem o crescimento da nossa indústria, proporcionando condições para batermos mais um recorde em produção e geração de empregos.

Antonio Silva – Presidente da FIEAM

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