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Multiplicam-se as dificuldades

21 DE NOVEMBRO DE 2016

 A Fundação Getúlio Vargas divulgou o Monitor do PIB-FGV referente a setembro, que registrou queda de 0,5% em relação a agosto, fechando o trimestre com recuo de 1% ante o trimestre anterior, o que representa a sétima retração consecutiva nas comparações trimestrais.

Simultaneamente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também anunciou o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), apresentando queda em novembro de 0,6 ponto frente a outubro, aproximando-se da linha divisória dos 50 pontos, que é o limite entre a confiança e a falta de confiança. Acima de 50 pontos indica que os empresários estão confiantes, porém, com a tendência de queda, comprova-se que estão menos confiantes no desempenho da economia e das empresas no próximo semestre.

Esses resultados da economia brasileira não ajudam em nada as expectativas de melhora, pois demonstram tendência de queda provocada pela diminuição de investimentos e retração na produção, dois fatores decisivos para o retorno ao crescimento.

As previsões são de contração de 3,4% no PIB de 2016 e, para o ano de 2017, que há uma semana se estimava avanço de 1,13%, a projeção é de apenas 1% positivo.   Para 2018 ainda se projeta PIB baixo, de aproximadamente 2%, nos obrigando a conviver com taxas de desemprego ainda muito altas, pois haverá ainda espaço para aumento de horas trabalhadas antes de se contratar mais mão de obra.

A participação da indústria no PIB atualmente caiu para menos de 11,5%, uma desindustrialização que nos faz regredir aos patamares dos anos quarenta. Isso é preocupante, pois sabemos que para cada um por cento de crescimento industrial no Brasil gera-se mais de um por cento de crescimento na economia como um todo. Portanto, um aumento na participação da indústria no PIB cria excelentes condições para a retomada do crescimento econômico.

Mesmo prevendo-se nova redução de 0,25 ponto percentual da Selic, que atualmente está em 14%, ficando em 13,75% ao final deste ano, acredita-se que a economia não apresentará recuperação antes de 2018.

Para que acontecesse a recuperação da economia, de forma mais rápida, seria necessário crescimento substancial no setor industrial e de serviços, acompanhado pelo setor primário.

Como o mercado externo não favorece em nada o nosso crescimento econômico, então temos que contar com a força da demanda interna, que somente terá capacidade de consumo por meio do canal do crédito, o que convenhamos não está muito fácil de acontecer no momento atual.

No Polo Industrial de Manaus se multiplicam as dificuldades, deflagram greves, a produção das fábricas está num índice muito baixo, multiplicam-se as demissões e são adiados investimentos para o ano de 2018. Se tudo correr bem, poderá ser retomado em 2018 o nível de produção maior, abertas novas fábricas e realizadas contratações de mais mão de obra. Temos muito que trabalhar para que nossa economia melhore, porque com a crise ninguém ganha, todos nós perdemos.

Antonio Silva – Presidente da FIEAM

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