9 DE AGOSTO DE 2016
O nível de recuperação da economia brasileira ainda é muito incipiente, os números mostram a gravidade. Os dados econômicos são inferiores aos do ano passado, os resultados ainda são muito baixos para impulsionar uma trajetória ascendente para sairmos desse desempenho decepcionante que é agravado pela carga tributária elevada, sua complexidade e burocracia.
O encolhimento econômico aumenta o desemprego, aprofundando o Brasil na mais intensa e profunda recessão dos últimos anos. A falta de infraestrutura e de credibilidade diminui nossa competitividade interna e externa, deixando-nos temerosos quanto ao futuro da economia.
O Governo atual mostra a necessidade de adotar medidas duras em meio a um quadro recessivo, caso a economia não apresente dados mais concretos de recuperação. O aumento de impostos não necessariamente precisará da aprovação de novos tributos pelo Congresso Nacional. Isso pode ser realizado por meio de uma série de tributos extrafiscais que podem ter a alíquota elevada por meio de decretos como, por exemplo, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), incidente sobre as operações de crédito e de câmbio, o Imposto de Importação (II), entre outros, e o Governo Federal ameaça adotar essas medidas.
A inflação persiste em patamares preocupantes, porém se acredita que vai voltar à meta caso o Governo consiga executar um ajuste fiscal significativo e reformas estruturais consistentes.
Entretanto, para aumentar a produtividade industrial e a concorrência, deverão ser reduzidas as barreiras comerciais, simplificados os impostos indiretos e reduzidos os encargos administrativos. Mas, como realizar o aumento de impostos com a produção reduzida, os empregos em decréscimo e os investimentos estagnados? É um problema complexo que merece muito cuidado, a fim de não inviabilizar as empresas que resistem à crise e às poucas que tentam se estabelecer.
Nesse contexto, a Zona Franca de Manaus é uma opção interessante para o investidor, ao oferecer condições fiscais favoráveis, porém, não nos enganemos, quando a economia do país vai mal não é bom também para nós, pois dependemos muito da demanda do mercado interno.
Portanto, novas oportunidades de negócios com a exploração das nossas riquezas regionais precisam ser criadas, por meio delas poderemos ter uma válvula de escape para resolver alguns problemas crônicos de dependência exclusiva do desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM). Principalmente, estruturando cadeias produtivas regionais que possibilitem uma capacidade de produção capaz de manter um fluxo contínuo de exportação, com escala de produção, qualidade e preços competitivos.
Felizmente o Governo do Estado, com a colaboração de vários atores e da indústria local, está empenhado para que essa opção econômica se torne realidade. Os graves problemas econômicos brasileiros exigem uma tomada de atitude pela classe política, pelos empresários e pelos governos, pois as previsões para a produção industrial brasileira em 2017 são de uma alta modesta de 0,50%.