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Inquietações e incertezas

4 DE SETEMBRO DE 2018

 As incertezas sobre o comportamento das variáveis econômicas e políticas do Brasil e do Amazonas impedem a ação racional dos empresários e dos grupos econômicos nacionais e estrangeiros aqui radicados. Vivemos num ambiente marcadamente incerto, sem possibilidades de prever os acontecimentos futuros.

As atuais ações tomadas de ordem política e/ou econômica têm consequências imprevisíveis na economia, somadas aos preocupantes acontecimentos externos que vêm dificultando mais ainda um planejamento adequado das empresas com as mínimas condições de acertos.

Essas incertezas levam os empreendedores a terem mais cautela, postergando decisões de investimentos, de aumento da produção, de contratação de mão de obra etc. Somadas a essas variáveis acumulam-se as deficiências de infraestrutura e logística, com a incapacidade do governo de fazer quaisquer investimentos na melhoria, manutenção e ampliação de estradas, ferrovias, balizamento fluvial e outras vias de transportes.

A conjuntura atual faz com que o “Custo Brasil” se avolume mais ainda para o Polo Industrial de Manaus (PIM), retirando as condições de competitividade das nossas empresas manufatureiras e a capacidade de exportar e de concorrer com os produtos importados.

O sistema tributário, com sua complexidade, faz com que as empresas tenham de montar verdadeiros departamentos apenas para manter-se regular perante o fisco. A modificação do Sistema Tributário, em discussão na Câmara dos Deputados, está travada e com as eleições se aproximando provavelmente só será tocada na nova legislatura, sendo mais uma batalha a ser encarada pelos nossos representantes parlamentares que serão eleitos. Eles terão que estar bem conscientes de suas responsabilidades, objetivando a manutenção das nossas vantagens comparativas asseguradas na Constituição.

Cabe a nós elegermos políticos que se comprometam com as nossas demandas. Governador, senadores e deputados devem estar envolvidos na luta pelas nossas prioridades. Essas prioridades não são somente dos empresários, mas de toda a população, por isso, todo o povo deverá votar consciente de que o seu candidato é o ideal para enfrentar esses desafios que, historicamente, penalizam todo o nosso crescimento e desenvolvimento socioeconômico.

Devemos escolher bem, porque as consequências de uma má escolha são irremediáveis e só poderá ser revista quatro anos depois, no caso de governador e deputados, e oito anos para senadores.

Apesar das incertezas, a indústria local vem se comportado um pouco melhor do que em 2017, a utilização da capacidade instalada da indústria no Amazonas alcançou nível de 76%, tendo crescido de junho para julho do corrente ano 3,6 pontos percentuais.

As horas trabalhadas na produção cresceram 12,2% em julho em relação ao mês anterior e o faturamento real da indústria amazonense apresentou aumento de 5,1%. Comparando o acumulado nos sete meses, o faturamento deste ano supera em 4,7% o mesmo período do ano anterior, conforme pesquisa CNI/FIEAM.

Antonio Silva – Presidente da FIEAM

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