É o que aponta o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, ao comentar os 62 anos da instituição completados hoje, 3 de agosto
A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), ao completar hoje 62 anos de criação, mantém firme o propósito de defender a indústria e o modelo Zona Franca de Manaus, juntamente com as demais entidades de classe do Amazonas, perante as medidas que buscam reduzir o diferencial tributário do parque industrial aqui instalado. É o que afirma o presidente da FIEAM, Antonio Silva.
No momento, o Polo Industrial de Manaus lida com uma questão crucial para a sua competitividade, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Ao comentar a nova tabela de IPI, Antonio Silva observou que embora o decreto seja muito complexo e confuso, o que requer análise caso a caso para quantificar os impactos, é possível confirmar que alguns produtos novamente não foram preservados na redução do IPI proposta pelo executivo federal.
Silva cita os setores afetados, como o de concentrado, que permaneceu com sua alíquota em zero, o que prejudica demasiadamente a competitividade do segmento; refrigerantes continuaram com a alíquota reduzida, fixada em 2,6%; e os celulares, bicicletas e relógios foram outros produtos que não tiveram as suas alíquotas majoradas para o nível anterior.
“É certo que a medida atendeu parte do que disciplinou a medida cautelar proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, que havia suspendido a redução das alíquotas do IPI, em relação aos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus que possuem o Processo Produtivo Básico. Entendo que é importante que se cumpra o que o Judiciário determinou antes que se discuta novamente o mérito da questão. É a nossa opinião”, assinalou o presidente da FIEAM.
Trajetória em educação e profissionalização
Nesses 62 anos de ações para o fortalecimento da atividade industrial, a FIEAM, por intermédio do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), trabalha para aprimorar a educação profissional e a formação de mão de obra para a indústria, e na promoção de ações para qualidade de vida e educação básica para os trabalhadores e seus dependentes, além de oferecer ao segmento soluções integradas e inovadoras que influenciam na competitividade e no desenvolvimento sustentável da indústria amazonense.
Para isso, o Sistema FIEAM conta com uma rede de escolas profissionalizantes em Manaus e no interior, laboratórios, agências de treinamentos, unidades móveis fluviais e terrestres no Amazonas, com destaque à atuação dos barcos-escola Samaúma, que já somou mais de 60 mil atendimentos em 65 municípios de praticamente toda a região amazônica. Por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Sistema insere jovens e adultos no mercado de trabalho com o Programa Estágio Supervisionado, via parcerias entre as empresas, órgãos governamentais, instituições educacionais e centros de pesquisa, além de estimular a competitividade e desenvolvimento tecnológico entre as micro, pequenas e médias empresas.