A Frente Parlamentar em Defesa da Amazônia realizou na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) audiência pública que discutiu assuntos como a regulamentação e regularização das Zonas Ecológico-Econômicas (ZEEs) nas regiões metropolitanas de Manaus, do Baixo Amazonas e dos rios Purus e Madeira, e BR-319. A reunião ocorreu no último dia 9.
O deputado federal, Delegado Pablo Oliva (PSL), presidiu a reunião em que foi relatada a primeira providência quanto a regulamentação e regularização das ZEEs, com entrega em julho de ofício ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales e ao presidente Jair Bolsonaro. Em ofício, Pablo explica que as ZEE’s são áreas com meio ambiente preservado e que precisam de apoio institucional para impulsionar o desenvolvimento econômico sem causar danos ao ecossistema.
“Com a regulamentação das ZEE’s, as prefeituras e os governos federal e estadual vão poder unir esforços para alavancar atividades econômicas que sejam características de cada região, além de propiciar o acompanhamento eficiente das condições de conservação e uso correto do solo, recursos minerais, hídricos e florestais, que terão que ser respeitados pelas atividades econômicas a serem implantadas”, disse o delegado Pablo.
De acordo com o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, a recuperação da BR-319 também é um dos assuntos que mais interessa para a indústria amazonense, para que o Amazonas e Roraima, estados desconectados do resto do país, consigam reduzir custos e atrair novos investimentos.
“Nossa expectativa, desde a última visita do presidente Jair Bolsonaro, é que realmente as obras acelerem, pois é de interesse de todos nós, principalmente do Amazonas, que envolve nosso modelo de desenvolvimento que é a Zona Franca de Manaus (ZFM)”, frisou Azevedo.
Os entraves da BR-319 afetam quem depende da estrada para escoar sua produção, como é o caso do município de Apuí, maior produtor de café do Amazonas. “Sem dúvida a BR-319 é de suma importância para o Apuí, pois o município não é banhado por rio, nós ficamos localizados às margens da BR-230, também conhecida como Rodovia Transamazônica, aí temos que vir até Humaitá e pegar a BR-319 para vir até Manaus. Então, facilita muito o acesso para a gente vir até Manaus e para trazer os produtos para cá”, disse o vice-prefeito de Apuí, Marco Lise.
O próximo debate público deve acontecer no máximo em dois meses, tempo suficiente para que todas as autoridades no assunto entrem em consenso para debater e propor soluções sobre os temas abordados, de acordo com o presidente da Frente Parlamentar, que levará para a pauta a questão dos aterros sanitários e resíduos sólidos, problemas enfrentados pela região Amazônica e que geram poluição não apenas para os rios e mares, mas em todo o ecossistema.