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Competitividade das indústrias será afetada pela Economia Circular, diz Renée Veiga

Economia circular é uma nova forma de enxergar os negócios sendo uma oportunidade para o uso mais eficiente dos recursos naturais e aumento da competitividade da indústria. O tema foi apresentado a empresários e diretores da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas pela coordenadora de Meio Ambiente e Recursos Naturais (CMA) da FIEAM, Renée Fagundes Veiga. A economia circular inclui novos modelos de negócios que permitem às empresas trabalharem de forma mais eficiente, reduzindo despesas no médio e longo prazos afetando minimamente o meio ambiente.

“A sustentabilidade está fundamentada em três pilares básicos que são o economicamente viável, ​o ​ambientalmente correto e o socialmente justo. Se um desses pilares não estiver presente, não se pode dizer que se trata de uma gestão ou prática sustentável e é nesse sentido que temos a economia circular”, disse Renée, que atua também como assessora técnica da Presidência e gerente de Meio Ambiente da FIEAM.

Veiga classificou ainda como algo premente avaliar dentro de cada uma das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) o potencial de inserção de práticas circulares na economia, identificar os obstáculos para implementação da agenda e agir para viabilizá-la. “Daqui para frente será algo imperioso para manter a competitividade”, apontou ela.

Apresentada como uma nova forma de organização, a economia circular surge como um contraponto ao modelo linear, associando crescimento econômico a um ciclo de desenvolvimento que preserva e aprimora o capital natural, otimiza a produção de recursos e minimiza riscos, por conta da administração de estoques finitos e fluxos renováveis.

“Esse assunto de economia circular vem sendo debatido como pauta nos principais fóruns de governança global. Por meio da CMA iremos promover um evento para que os empresários conheçam, entendam e saibam como implementar nas indústrias, mas de uma forma simples, porque em questão de competitividade as indústrias vão perder muito se não utilizarem a economia circular. Existem práticas que podem ser melhoradas e a nossa intenção é auxiliá-los a fazer essa transição da economia linear, para economia circular”, explicou ela.

A temática foi discutida em encontro na última semana na Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília, que apresentou por meio do Conselho Temático de Meio Ambiente (COEMA) o lançamento da publicação Economia Circular: Caminho Estratégico para a Indústria Brasileira. O estudo analisa o atual cenário do país em relação à economia circular, as perspectivas e ações que poderiam conduzir a transição de um modelo de economia linear para o circular. Também no evento teve a divulgação de pesquisa inédita sobre o assunto, feita pela CNI.

Dentre os dados apresentados, Veiga destacou o resultado da pesquisa que constatou que 74,6% das indústrias brasileiras já adotam alguma prática de economia circular, porém 70% não têm ideia de que essas iniciativas estão enquadradas no conceito de economia circular. Ao final do estudo os avaliadores explicaram do que se tratava economia circular e 88,2% dos entrevistados avaliaram a economia circular como importante ou muito importante para a indústria nacional.

“Muito se fala aqui na parte de política reversa e de recuperar o produto do consumidor nessas outras práticas, de dar destinação final, mas a economia circular envolve todo o processo, ela demanda uma necessidade de adequação do processo produtivo das indústrias, ou seja, você vai ter todo um caminho a ser percorrido até que você chegue ao produto final”, disse ela, ao acrescentar que esse tipo de economia busca trabalhar todo o processo minimizando as perdas e diminuindo os impactos resultantes dele no meio ambiente.

Com essa nova forma de economia, existe um ganho para as empresas não só com resultados financeiros, mas de bem-estar dos colaboradores. Veiga aponta ainda, que existe toda uma interligação disso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Parece uma coisa meio utópica, mas estados como São Paulo (SP), já estão estudando inclusive a melhorar o processo de licenciamento ambiental atrelando uma facilitação para as empresas que cumprirem com alguns ODS que são esses objetivos do desenvolvimento sustentável, e ao que parece, isso vai ser uma tendência em toda a legislação do país, temos que ficar atentos a isso”, disse ela.

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