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Comitiva árabe destaca interesse por fármacos e cosméticos brasileiros

Vinte e dois representantes da Liga dos Estados Árabes (LEA) reuniram-se ontem (11) com empresários na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) para discutir o potencial de investimento e novas oportunidades de negócios para importação e exportação entre os países árabes e o Brasil. Na ocasião, membros da comitiva revelaram interesses nos segmentos de fármacos, cosméticos e alimentícios.

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, disse que a aproximação do Amazonas com os países árabes possibilita um importante elo comercial, turístico e cultural, pelos laços históricos que a região possui com o Oriente Médio, com destaque para os países árabes.

“Reunimos aqui na FIEAM representantes de produtos sustentáveis nos segmentos de cosméticos, fármacos e também alimentícios que estão voltados a abrir novas oportunidades que possam vir a beneficiar a economia e o intercâmbio entre as nossas nações amigas”, disse Silva.

Para o embaixador da Palestina e decano do Conselho de Embaixadores, Ibrahim Alzeben, o Brasil e o Amazonas têm potencial para oferecer muito mais do que oferece hoje e é preciso que as relações firmadas sejam de mão dupla para beneficiar os dois lados.

Sobre as oportunidades o secretário da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, revelou grande interesse dos países árabes na importação de produtos fármacos e cosméticos. Segundo o representante da missão árabe em Manaus, os produtos brasileiros são de qualidade, mas não são bem vendidos.

“Fizemos uma pesquisa no final do ano passado para saber o que ainda distancia o mundo árabe do brasileiro e os resultados apontaram que mais de 70% dos brasileiros e dos árabes se reconhecem como bons parceiros comerciais, portanto, existem alguns obstáculos dentro dessa relação que precisamos resolver”, apontou ele.

Para fortalecer as relações entre os estados membros e o Brasil, segundo Mansour, é preciso romper obstáculos como as barreiras linguísticas, ausência de acordos bilaterais para livre comércio e isenção de bitributação, transporte e logística, além de agilidade para obtenção de visto. Para ele, uma das principais soluções para esses obstáculos está no relacionamento dos investidores com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que articulam e é a “casa dos árabes” no país para articular negócios com os empresários.“Percebemos que dentre os estados brasileiros para os árabes, o Amazonas foi o 20º principal estado exportador e o 12º estado importador, isso certamente pela Zona Franca de Manaus (ZFM). É preciso conectar mais as duas partes e promover o desenvolvimento, econômico, social e cultural”, disse ele.

Conforme dados apresentados pelo secretário da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, 22% dos brasileiros desejam conhecer os países árabes e isso, segundo ele, é muito pouco em relação a um universo muito maior de habitantes existentes no país. Outra possível área de investimento está no turismo que, de acordo com Mansour, é o primeiro passo para atrair negócios de ambos os lados, levando o empresário a conhecer e, posteriormente, negociar investimentos.

No ramo de exploração e intensificação dos negócios no segmento alimentício, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária (Faea), Muni Lourenço, relatou que os países árabes são o segundo maior destino dos produtos do agronegócio brasileiro, com grande participação principalmente na exportação de proteína animal como carne bovina e carne de frango.

“Nós que estamos aqui representando a classe produtora, acreditamos que temos um potencial muito grande na cadeia de alimentos do nosso estado para estabelecermos negócios dentro da perspectiva de mão dupla. Além disso, temos muito ainda para oferecer como os peixes, frutas, castanhas, cosméticos e fibras, e estamos à disposição para futuras parcerias comerciais”, falou Lourenço.

O encontro contou também com a presença dos representantes das empresas Pronatus do Amazonas, Pharmakos D’ Amazônia, Virrosas e Real Bebidas, além dos integrantes da Liga, os embaixadores Ibrahim Alzeben (Palestina), Wagne Abdoulaye (Mauritânia), Nabil Adhoghi (Marrocos), Mohamed Hedi Soltani (Tunísia), Abdelmoneim Ahmed Alamin Elhussain (Sudão), Wael Ahmed Kamal Aboul Magd (Egito) e Qais Marouf Kheiro Shqair (Estados Árabes) e os encarregados de negócios da Embaixada do Reino Hashemita da Jordânia (Mutazz Khasawneh) e da Embaixada da Líbia (Osama Ibrahim Ayad Sawan).

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