17 DE ABRIL DE 2018
A adaptabilidade às mudanças em economia depende tanto de considerações políticas como técnicas, principalmente em tempos de recuperação econômica, quando se destacam como fatores de importância o bom entendimento e a cooperação entre o governo e o setor privado.
Por essa razão o pragmatismo é peça fundamental para que se faça uma análise completa das variáveis e de todas as circunstâncias envolvidas e se chegue a uma solução para os problemas que afetam a economia do nosso Estado.
A Zona Franca de Manaus, com seus incentivos ao investimento, produção e geração de empregos, só prosperará se houver respeito às regras asseguradas as empresas pela legislação e por meio da aprovação de seus projetos pelo governo, evitando-se o improviso para ajustes e correções indevidas e inoportunas, que só causam prejuízos ao bom ambiente de negócios.
Esse tipo de atitude afeta direta ou indiretamente tanto empresários quanto governo. Para que dê certo, só se deve alterar um dispositivo ou entendimento legal se houver um amplo diálogo entre as partes envolvidas, com definição dos objetivos a serem alcançados, caso contrário imperará a insatisfação com consequências desastrosas a várias áreas do setor empresarial que provavelmente terão seus empreendimentos inviabilizados, ao não alcançar o retorno almejado.
Um ajuste mal planejado resultaria, infelizmente, no desinvestimento ou na descontinuidade operacional, assim como na desmotivação para a atração de novos investimentos, bem como na eliminação de postos de trabalho, aumentando o desemprego e a falta de perspectivas para criação de novos.
Inicialmente, o governo poderia ter de imediato um aumento irrisório da receita, entretanto, com curta duração, pois em pouco tempo, após a mudança ocorrida, resultaria na diminuição da arrecadação, fuga de capitais e consequentes déficits nas contas públicas.
Alguns ajustes precisam ser feitos, é fato, no entanto, deve-se ter certeza de que se está “com os pés firmes no chão” antes de ir adiante. Todas as medidas de ajustes e correções levam um determinado tempo para causar efeito, por isso para obter-se uma previsão do seu resultado, precisa-se verificar o que vai acontecer no decurso, pelo menos, do ano seguinte, caso contrário o remédio adotado poderá levar à morte o paciente.
Nós da indústria do Amazonas estamos prontos e preparados para cooperar com o Governo do Estado, a fim de que não se dê “um tiro no pé”, cortando incentivos ou adotando-se procedimentos e entendimentos já enraizados no nosso ambiente de negócios, que prejudicariam, por exemplo, o polo de componentes local, assim como o de fornecedores do interior do Estado que complementam a cadeia produtiva do Polo Industrial de Manaus.
Continuaremos defendendo garantias estáveis e legais para que o negócio empresarial se desenvolva e tenha continuidade, oportunizando a instalação de novas empresas com tecnologias mais avançadas que promovam progresso tecnológico e crescimento socioeconômico da ZFM e do Estado do Amazonas.
Antonio Silva – Presidente da FIEAM