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Economia da dádiva

15 DE OUTUBRO DE 2013

 A economia observa e estuda o comportamento humano decorrente da relação entre as necessidades da sociedade e os recursos disponíveis para satisfazê-las. Os termos gregos “oikos” (casa) e “nomos” (costume, lei) deram origem à palavra “economia” que numa interpretação direta significa “regras ou administração da casa, do lar”.

Portanto, economia significa evitar desperdícios em qualquer serviço ou atividade. Sendo assim, hoje não fujo ao objeto dessa coluna ao falar da grande ação desenvolvida por abnegados voluntários da “economia da dádiva”, ou “economia do dom”. São termos utilizados nas Ciências Sociais para designar a utilidade dos objetos ou ações em oposição à economia de mercado, que tem por base principal o valor de troca.

A “Barraca do Bixiga”, realizada nos dias 4 e 5 no Clube do Trabalhador do Sesi, em essência, faz parte do conceito da “economia da dádiva”, em que muitos executivos do Polo Industrial de Manaus, com muito bom humor, tornam-se voluntários da benevolência para os que necessitam, sem visarem lucros para si ou notoriedade individualmente. A ação, este ano coordenada pelo amigo Armando Ennes do Vale Junior, é notória pela sua própria grandeza e pela forma como é feita a utilização dos seus resultados.

O evento, como se esperava, foi um verdadeiro sucesso quebrando todos os recordes, em arrecadação e presença do público que atendeu ao chamado, sem destaques individuais, porque todos se empenharam para dar o melhor de si em favor das crianças da APAE – que necessitam do carinho, do amor, da ajuda, da solidariedade dos homens de bem que labutam no dia a dia da concorrida economia de mercado.

Pois bem, esses homens que deixaram de lado seus afazeres importantes, dedicando parte do seu tempo para ajudar o próximo, sem temer as dificuldades, não fizeram isso por mero cálculo de vantagens que obteriam ou para merecer favores, mas sim por perceberem o sofrimento de quem precisa e favorecê-los com a dádiva de seus dons e assim adquirir amigos.

Falo detidamente sobre a “economia do dom”, para mostrar aos leitores, que esses homens lutaram por um prêmio maior que o recebido por aqueles a quem serão dedicados os resultados da “Barraca do Bixiga”. E o esforço compensou. O evento deverá representar o repasse de R$ 140 mil à entidade, resultado da venda de 1,2 mil pizzas e 1,8 mil litros de chopp, em duas noites de ação social. O prêmio desses homens de negócios é a satisfação e o prazer pela ação cumprida e o êxito alcançado. Comprovo, desta forma, que os homens em cuja honra faço destaque merecem os nossos elogios e reconhecimento. Eles compensam o mal da sociedade com o bem, exercendo na prática o amor ágape.

De fato devemos fazer desses homens de bem o nosso exemplo, porém não quero incorrer no erro de não enaltecer as virtudes femininas. Dirigindo-me às mulheres, reafirmo o adágio popular: “por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”. Essa máxima não é à toa, as mulheres desses homens exercem um papel fundamental em suas vidas.

Antonio Silva – Presidente da FIEAM

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