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Cumpriremos nosso dever

Manaus, 28 de abril de 2020

O momento exige que sejamos precavidos e prudentes. O governo está carente de uma liderança para conduzir uma solução que seja viável e reverta uma crise anunciada, desencadeada pela pandemia do coronavírus. O Ministério do Desenvolvimento Regional prepara um plano econômico pós-pandemia, intitulado Pró-Brasil, que prevê investimentos e obras, entretanto, vozes discordantes do Ministério da Economia são contra.

Porém, não é uma discordância que abra uma discussão que propicie um diálogo normal para encontrar uma saída de consenso dentro do próprio governo, pelo contrário, provoca uma radicalização de posições que partem dos próprios ministros.

Uma vez mais a política prejudica e interfere na economia. A briga pelo poder que protagoniza disputas vãs e sutis é como pó levantado pelo vento, que cai nos olhos e que só serve para turvar a visão. Existe infelizmente um descompasso que prejudica a atuação do governo num momento em que a coerência e unanimidade das ações se fazem mais necessária.

Esses desacertos provocam subida exagerada do dólar, aumento de juros de longo prazo e queda na Bolsa, que são ruins para a nossa economia. Longe de sermos pessimistas, não devemos nos entregar às ilusões da esperança e nem fechar os olhos para uma verdade dolorosa. Desta vez, temos que estar dispostos e preparados para enfrentar a realidade por pior que ela seja. Faremos o possível para sustentar os empregos e os investimentos, pois dias difíceis pós-crise Covid-19 estão por vir.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem apresentado propostas, algumas foram adotadas pelo Governo e já mostram resultados positivos, porém outras não têm se mostrado eficazes, por isso foi elaborado o trabalho “Novas Propostas da Indústria para atenuar os efeitos da crise”. A pandemia dizimou muitos postos de trabalho, corroeu o poder aquisitivo daqueles que continuam com seus empregos por um fio, eliminou receita de empresas e provocou falências.

O documento da CNI apresenta 30 novas propostas que ajudarão na superação da crise, ao facilitar e baratear o crédito, ampliar capital de giro e garantir fluxo de caixa para pagamento de empregados e fornecedores. A recuperação da economia será muito lenta. O que nos conforta é a solidariedade de muitos, nessa hora em que a população mais necessita. As doações da FIEAM, sindicatos patronais, empresas como Recofarma, Magama, Pharmakos, Virrosas, Magistral, Videolar, Midea, RD Engenharia, Real Bebidas, SR Saldanha Rodrigues, 3M da Amazônia, Tutiplast, Ambev, Michelin, Eneva, Moto Honda da Amazônia, Brasil Norte Bebidas, Transire, Impram, Bic da Amazônia, Whirpool, Positivo, Sidia, Grupo Simões, Via Certa, Rede Atem (desculpem se omiti alguma empresa), comprovam o engajamento de todos para ajudar o Amazonas.

Os frios números estatísticos tomam outro significado quando amigos, como o ex-vereador e deputado estadual Miquéias Fernandes e o jornalista e radialista Roberto Augusto, são as mais recentes vítimas do Covid-19. Nosso pesar.

Antonio Silva – Presidente da FIEAM

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