6 DE FEVEREIRO DE 2018
Estamos em pleno ano de eleições para presidente, governadores e parlamentares, portanto, a atividade política estará à plena carga, apresentando projetos e planos, em tese, visando ao bem-estar da população, seja nacional ou estadual. O embate será pesado. Deveremos estar preparados para fantasiosos argumentos ou mirabolantes visões distorcidas da nossa realidade.
Precisamos avaliar muito bem o que queremos para o nosso País e para o nosso Estado. Hoje, bem ou mal, temos uma base industrial significativa, um know-how de produção compatível com as modernas tecnologias e uma mão de obra que já dispõe de experiência produtiva capaz de competir em níveis iguais ao de países mais desenvolvidos, por isso devemos escolher candidatos que estejam dispostos a defender esse modelo de desenvolvimento e a conhecer os detalhes do modus operandi da Zona Franca de Manaus, ajudando no desenvolvimento da nossa região.
Por sermos minoria, temos pequeno peso nas decisões do parlamento e do governo federal, causamos inveja pelas vantagens compensatórias que dispomos na legislação tributária. Portanto, isso se soma a necessidade de termos governante e parlamentares que enfrentem as adversidades de frente, sem recuo e tenham a capacidade do diálogo e do comprometimento.
Da parte do empresariado, precisamos manter a união das instituições não governamentais, fortalecendo-as com dados, informações e estudos que possam embasar a discussão, tanto em nível governamental quanto no privado.
Para isso insistimos na criação de um grupo interinstitucional de estudo, formado por profissionais de várias áreas de atuação, sem vedetismos, nem egos superlativos, mas com participação, dispostos ao diálogo, com o objetivo principal de fornecer informações técnicas sobre os fundamentos positivos da Zona Franca de Manaus, que sirvam de suporte para a defesa do projeto ZFM, em qualquer situação ou âmbito, seja político, técnico institucional ou de negociações empresariais.
Um grupo que atue estrategicamente, sem alarde, sem mostrar os trunfos que serão exibidos na hora correta, para as pessoas certas e nas mesas de negociações. Um grupo formado para pensar no desenvolvimento em todos os níveis, econômico, infraestrutural, educacional e que possa ter acesso às informações necessárias oriundas do Governo Estadual e das empresas.
Isso é possível, basta que nós, os dirigentes das instituições, nos comprometamos com essa ação, que visa municiar continuamente todos aqueles que possam ser ouvidos e tenham influencia nas decisões que serão tomadas, tanto a nível federal como estadual.
Os detalhes e a organização desse grupo teriam que ser estudados e decididos para que houvesse êxito. Não podemos mais alegar falta de fundamentos concretos ou ações desencontradas. Comparando, seria como reviver um órgão que deixou saudade: a Codeama (Comissão de Desenvolvimento Econômico do Estado do Amazonas), berço de ações concretas em prol do desenvolvimento do Estado. A ideia foi lançada, temos que pôr mãos à obra.