24 DE JANEIRO DE 2012
Novamente o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) decidiu por unanimidade reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, ajustando-a para 10,5% ao ano, sem viés, com a intenção de anular os efeitos da crise financeira europeia que ameaça se intensificar durante o transcorrer de 2012 e da lenta recuperação da economia americana. Protestaram várias entidades empresariais e de trabalhadores em todo o país, entendendo que a redução poderia ser mais acentuada.
O Governo está precavido, esperando mais tempo para acompanhar os rumos da economia, tanto aqui como no exterior e assim adotar medidas mais convenientes para a taxa de juros em 2012.
Esse cuidado é tomado porque o Governo utiliza essa taxa como instrumento para controlar a inflação. De fato, se a Selic é elevada, o dinheiro circulando no mercado é menor, a demanda por produtos cai e os preços, consequentemente, também caem.
Se ela é reduzida, os bancos são induzidos a trocar os empréstimos que faz ao Governo pelo financiamento ao setor produtivo e consumidores, em busca de um lucro maior.
Portanto, quanto maior a Selic, mais oneroso fica o crédito que os bancos oferecem ao setor privado e consumidores, uma vez que há menos dinheiro disponível no mercado. Quando ela é menor, as demais taxas de juros usadas no país ficam mais acessíveis, o dinheiro volta a circular no mercado em maior quantidade, a procura por produtos aumenta e os preços também sobem.
Por isso o Governo procura fazer uma sintonia fina, ao mexer na taxa básica de juros. O cuidado com a liquidez e o custo do dinheiro pelo Banco Central é compreensível, face às incertezas internacionais, mas as restrições ao crédito exigem que haja continuidade nas reduções de juros, como forma de atenuar os efeitos provocados pela menor atividade econômica mundial que possa influir no desempenho econômico do Brasil, evitando novo ciclo de valorização cambial.
Achamos factível que haja novos cortes na Selic, a fim de que os juros no país se aproximem dos patamares praticados no mundo, sem comprometer as metas de inflação e de quebra, impulsione a produção industrial, a geração de empregos e os investimentos no País.
A redução da taxa básica de juros também é benéfica para a produção do Polo Industrial de Manaus e de toda a indústria amazonense, pois com o aquecimento da economia brasileira, a demanda pelos produtos que aqui fabricamos cresce, fazendo com que nossa produção aumente, assim como a geração de empregos e investimentos.
A nossa esperança é que em 2012, com a queda dos juros, consigamos ultrapassar o faturamento do PIM em 2011 que foi de US$ 40,645 bilhões, equivalente a R$ 67,977 bilhões (números preliminares) superior ao de 2010 em 15,41% considerando-se o dólar americano e em 9,99% quando é comparado em Real. Esperamos também que de igual modo cresça a geração de empregos, ultrapassando o ano passado, quando foi superada a marca de 120 mil.