Perdas irreparáveis
Manaus, 26 de janeiro de 2021
Quão difícil e embaraçosas são como consequência, tanto pelas numerosas perdas de valiosas vidas causadas por essa terrível covid-19, como pela desnecessidade de divagarmos nas divergências de opiniões que nos levam ao distanciamento da análise unânime, cientificamente comprovada, de conservação da vida, que é a vacinação de aproximadamente 80% da população.
As autoridades que detêm o poder de decisão fazer uma trégua aos ressentimentos e diferenças de pensamentos, para evitar o tumulto, melhorara situação e atenuar as nossas perdas humanas, financeiras e honestas.
Enquanto muitos países tomam suas providências antes dos acontecimentos se verificarem, nossos dirigentes preferiram esperar pelas ocorrências, para começarem a agir, para desespero de muitos.
Falta bom senso, para agir com acerto, e planejamento, para cuidar das necessidades deste País e dos nossos interesses. Chega de negacionismo, que só leva o povo à confusão nesse período de crise em que ocorrências ocorrem. Entre as perdas pela covid-19 encontra-se a do amigo General do Exército Geraldo Antonio Miotto. É difícil externar com palavras e apropriadamente nossos sentimentos de respeito, gratidão e pesar pelo seu falecimento, ocorrido no último dia 2 0 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Solidarizo-me com os familiares e incluo-me entre os amigos de um homem que se mostra em vida, valoroso em atos e ações, prestando relevantes serviços ao Exército Brasileiro, ao Brasil e a Amazônia, quando desempenhou o cargo de Comandante Militar da Amazônia, no período de 2016 a 2018. Foi justa a homenagem que começa na manhã do dia 4 de abril de Assembleia de 2017, com o título de Cidadão do Amazonas, pela Legislativa do Estado (Aleam), em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados na Região Amazônica, no combate ao tráfico de droga nas nossas fronteiras e rios, bem como levando o atendimento humanitário e serviços de saúde para as populações mais distantes.
Amava a Amazônia como poucos, sua morte aos 65 anos o impediu de continuar trajetória de méritos que lhe deu acesso aos postos mais honrosos, pois sempre foi submisso às leis, especialmente aqueles promulgadas para socorrer os oprimidos e como que, embora não escritas, trazem ao que se pratica uma honra visível a todos. Quem o conhecia sabia de sua ousadia não agir, resultado de suas reflexões sobre os riscos que ocorrerem, pois percebia com clareza tanto os sofrimentos quanto às satisfações inerentes a uma ação.
Tinha nobreza de espírito e sabia que não é por receber favores, mas por fazê-los com justiça que adquiria amigos. Em suma, Geraldo Antonio Miotto mostrava-se autossuficiente nas mais variadas formas de atividade, com elegância e naturalidade. Deu muitas provas do seu caráter e certamente não falta testemunho disto, por isso deve ser admirado não somente hoje, mas também no futuro, para orgulho da sua descida.
Antonio Silva – Presidente da FIEAM